Um Poema de Charles H. Spurgeon
Existe um tempo, não sabemos quando, Um ponto, não sabemos onde, Que marca o destino dos homens, Para glória ou desgraça. Existe uma linha a nós invisível, Que cruza cada caminho; O limite misterioso entre A paciência e a ira de Deus. Passar este limite é morrer, Morrer como se em segredo: Ele não apagasse o olhar que brilha, Nem empalidecesse a saúde que incandesce. A consciência pode estar todavia tranquila, O espírito leve e alegre; Naquele que pensa estar agradando, E nem cuida ser arremessado para longe. Mas sobre esta testa, Deus tem colocado Permanentemente uma marca Invisível ao homem, porque o homem ainda É cego e corre na escuridão. E ainda que o caminho do homem condenado Como o Éden possa ter florido; Ele não sabia, nem sabe, nem saberá, Nem sente que está condenado. Ele pensa e sente que tudo está bem, E cada medo é tranquilizado; Ele vive, morre, acorda no inferno, Não somente condenado mas desaprovado. Ó, onde está Tua misteriosa linha, A qual nosso caminho